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Musserindinde e os foguetes de S. João

  • Foto del escritor: Carlos Xuarte
    Carlos Xuarte
  • 21 jul 2017
  • 1 Min. de lectura

Durante a Guerra da Kissama, um dos desdobramentos da oposição dos Jingas à ocupação Portuguesa em Angola, o Grande Soba Musserindinde perseguiu e conseguiu encurralar e cercar os dois pelotões do exército Português perto da Muxima.


Era o dia 28 de Junho, e as tropas Portuguesas, extenuadas, em franca inferioridade numérica, desalentadas, preparavam-se para um último e definitivo combate em que fatalmente pereceriam todos, quando um soldado, fogueteiro de profissão na vida civil, e ardoroso católico devoto de S. João, a quem, sofrendo de raquitismo na primeira infância, a mãe oferecera como fiel seguidor em troca da cura, resolveu fazer uns foguetes para homenagear o santo de sua devoção, S.João, celebrado pela Igreja Católica nesse dia.


Usou alguns caniços de mato, e uns restos de pólvora, sem o conhecimento nem autorização do alferes, e caprichou no preparo.


Espetou as canas de foguetes no chão e acendeu a mexa, para o simbolismo da sua homenagem.


Assim que os foguetes começaram a espocar e iluminar o céu da Kissama, reinou o pandemônio entre os sitiantes: uma parte depôs armas e se entregou incondicionalmente aos atônitos soldados, os outros debandaram, e alguns, impregnados de animismo religioso, se prostraram ao chão em humildade incontida, sufragando aos novos deuses / espíritos, com um óbvio poder até ali desconhecido um castigo atenuado.




 
 
 

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